Vestiram-me um vestido azul de veludo com gola branca, bordada com bolinhas azuis, vermelhas e amarelas. Em baixo, na saia, losangos de gorgorão nas mesmas cores da gola, enfeitavam um circulo branco. Atrás das costas um laço azul compunha o vestido. Nos pés meias de renda e os meus sapatos vermelhos. Prendendo os cabelos loiros, um farfalhudo laçarote.
Quando entrei no eléctrico para Lisboa, com a Zázá ao colo causei sensação. Parecia saída de um postal ilustrado!
As pessoas interagiam comigo e eu muito orgulhosa mostrava-lhes as habilidades da Zázá.
Um senhor fez-me uma festa e disse-me: – Não sei qual é mais bonita, se a dona se a boneca.
Para a posteridade ficou a fotografia.
Obrigada pelas simpáticas palavras.