A Ida à praia

 

Nos fins dos anos 20 a praia de Algés era muito concorrida.

Diversas barraquinhas de madeira pintadas de cores vivas, animavam a praia.

Alugavam-se ao dia, e serviam para proteger do sol e para as pessoas vestirem os seus fatos de banho.

Quem não tinha fato de banho, levava uma muda de roupa mais usada, e tomava banho vestida.

Os fatos de banho não podiam ter menos de quinze centímetros acima do joelho.

Na foto: em baixo a tia Licas, à esquerda a minha mãe à direita a tia Xana e em cima a tia Adelina.

Algés

Pavilhões de Algés

Algés era em 1950 um sítio muito agradável para se viver.

Muito perto, haviam indústrias como a fábrica da pólvora de Barcarena, os cabos Ávila, a fábrica de Lusalite, que davam emprego às pessoas da terra. Na baixa de Algés, existiam três pavilhões esplanadas, que estavam sempre cheios, o Cristal, que tinha uns gelados fantásticos, o Pavilhão Verde e o Ribamar que ainda existe.

O Pavilhão Verde, era o da eleição da minha avó que tinha mesa reservada, todos os sábados e domingos. Ao vivo actuava uma Jazz-Band, onde um vocalista com voz romântica chamado Figueiredo, encantava as damas da época.

A praça de touros onde tantas vezes torci para que os toureiros levassem umas valentes cornadas, o Sport Algés e Dafundo onde aprendi a nadar, o comboio, o eléctrico e uma estrada marginal, eram alguns dos encantos da minha querida Algés.