O tio Victor usava uns óculos redondos, tipo fundo de garrafa. Sem eles não via nada, mas quando ouviu o assobio estridente, sinal de que alguém tinha pulado a janela, mesmo sem óculos não se fez rogado, pegou na tranca de ferro e desferiu trancadas a torto e a direito, no vulto que se debatia por debaixo dos cortinados.
– Tá quieto pá… tá quieto:
– Sou eu o Mário.
Entretanto o amigo do avô também chegou… já não havia maneira do avô não saber.
Com o burburinho toda a gente acordou naquela casa, menos a avó que tomava soníferos.