Como sabem, o meu avô era natural de Alvôr, ver ( ” O Salto ” 09/Mai/2o12 ).
Quando chegávamos ao Algarve, ficávamos em Portimão, que era um porto de pesca com lota, mas tirávamos sempre um ou dois dias para irmos até Alvôr.
Numa dessas viagens, devia eu ter sete anos, o meu avô pediu-me que o acompanha-se até à Igreja de Alvôr.
Qual não foi o meu espanto, quando ele me convidou a ajudá-lo a encher de velas acesas o altar do Senhor Jesus de Alvôr.
O espanto era legítimo uma vez que o meu avô era um homem ateu.
Minha avó ao contrário, era extremamente religiosa e ele tentava constantemente contrariar os conhecimentos que ela me tentava transmitir.
Posto isto perguntei-lhe:
Então o Avô que está constantemente a gozar com a Avó quando ela me ensina algo sobre religião, vem ao altar do Senhor Jesus, enche-o de velas, e quer que eu o ajude a acende-las?
Não o compreendo!!!
Está bem… ajuda-me a acender as velas que eu já te conto a história.